28/08/2009

Crânio

O crânio é um invólucro de tecidos mais ou menos rígidos que, nos animais do clade Craniata (a que pertencem os vertebrados e outros de filogenia próxima), envolve o cérebro, os órgãos do olfacto, da visão, o ouvido interno e serve de suporte aos órgãos externos dos aparelhos respiratório e digestivo.

Pode considerar-se formado por duas partes principais que, aparentemente correspondem a duas etapas da evolução:

Ao longo da filogénese foram-se estabelecendo relações cada vez mais estreitas entre estas duas partes do crânio, através de articulações chamadas "suspensões":

  • Suspensão anfistílica – em que tanto o palato-quadrado como o iomandibular se articulam com o neurocrânio, como em alguns peixes Chondrichthyes;
  • Suspensão iostílica – em que apenas o iomandibular se articula com o neurocrânio, como na maior parte dos peixes, incluindo alguns tubarões e no esturjão;
  • Suspensão autostílica – em que o neurocrânio e o esplancnocrânio tendem a fundir-se como na maior parte dos tetrápodes.

As modificações evolutivas do esplancnocrânio reflectem as do I e II arcos viscerais durante a ontogénese. O osso iomandibular (porção dorsal do II arco visceral) é o que, nos peixes participação na suspensão iostílica; nos anfíbios, répteis e aves o II arco visceral transforma-se no primeiro dos três ossinhos do ouvido médio (columella), enquanto que o I arco visceral mantém a sua função de sustentar a abertura bucal; nos mamíferos, o articular e o quadrado, provenientes do I arco visceral, transformam-se no martelo e no estribo, completando assim a cadeia de ossinhos do ouvido médio.

Nos mamíferos, a articulação maxilo-mandibular forma-se a partir do dental e da escamado temporal. Nos répteis e mamíferos, as coanas (interior das narinas) passaram para a parte de trás da cavidade bucal para a formação do palato secundário, septo ósseo que separa as vias respiratórias do tubo digestivo. Nas aves, o palato secundário tende a desaparecer, provavelmente pela falta de dentes e existência do bico.

Fenestração Temporal

As fenestra temporais são características anatômicas do crânio amniota, caracterizada por buracos bilateralmente simétricos (fenestra) no osso temporal. Dependendo da linhagem de um animal, dois, um, ou nenhum par de fenestra temporal pode estar presente, em cima ou abaixo dos ossos pós-orbitais e esquamosal. As fenestras temporais superiores também são conhecidos como fenestra supratemporal, e as fenestras temporais mais baixas também são conhecidas como fenestra infratemporal. A presença e a morfologia da fenestra temporal é indispensável para a classificação taxonômica dos sinápsidas, do qual os mamíferos fazem parte.

A especulação fisiológica a associa com uma subida a taxas metabólicas e um aumento na musculatura da maxila. Antes do Carbonífero amniotas mais antigos não tinham fenestras temporais mas sauropsidas e sinápsidas mais avançados tinham. Com o passar do tempo, a fenestra temporal dos sauropsidas e sinápsidas ficou mais modificada e maior para dar mordidas mais fortes com mais músculos na maxila. Os dinossauros, que são sauropsidas, tem grandes aberturas e os seus descendentes, os pássaros, tem fenestras temporais que foram modificadas. Os mamíferos, que são sinápsidas, não possuem nenhuma abertura fenestral no crânio, no entanto o traço foi modificado. Os mamíferos realmente, ainda possuem entretanto, a órbita temporal (que se parece com uma abertura) e os músculos temporais. Ele é um buraco na cabeça e está situado no reverso da órbita atrás do olho.

Classificação

Há quatro tipo de fenestrações temporais no crânio dos amniotas, classificadas quanto ao número e posição da fenestra:

  • Crânio anápsido - sem aberturas temporais; tipo mais primitivo; exemplo: Testudines.
  • Crânio diápsido - duas aberturas temporais, uma superior entre o pariental, esquamosal e pós-orbital, e uma inferior entre o pós-orbital, jugal, quadrado-jugal e esquamosal; exemplo Aves e Dinossauros.
  • Crânio euriápsido - uma abertura temporal superior, localizada entre os ossos pariental, pós-orbital e esquamosal; exemplo Plesiosauria.
  • Crânio sinápsido - uma abertura temporal inferior, situada entre os ossos esquamosal, pós-orbital, jugal e quadrado-jugal; exemplo Synapsida e Mammalia
Fonte: Wikipédia

26/08/2009

Bú!

Susto é uma ação biológica que ocorre quando uma pessoa vê algo inesperado. É uma reação do corpo humano contra possíveis ameaças, que resulta no lançamento do hormônio adrenalina na corrente sanguínea. A adrenalina gera vários efeitos no corpo humano, como redirecionamento da corrente sanguínea do sistema intestinal para os músculos e rápido metabolismo. O intuito do susto é, biologicamente, preparar o corpo humano a reagir contra a ameaça, mesmo quando esta ameaça de fato não existe (ex: filmes de terror). Fonte: Wikipedia

Tsssssssssrrrrrrrrsrsrsrsrsrsrrsrsrrsrsrsshshshrsrsrs!

Serpente é uma palavra de origem do latim (serpens, serpentis) que é normalmente substituída por "cobra" especificamente no contexto mítico, com a finalidade de distinguir tais criaturas do campo da biologia.

Mitologia

A serpente é uma antiga divindade da sabedoria no Médio Oriente e na região do mar Egeu, sendo, intuitivamente, um símbolo telúrico. No Egito, e Áton ("aquele que termina ou aperfeiçoa") eram o mesmo deus. Áton o "oposto a Rá," foi associado com os animais da terra, incluindo a serpente. Nehebkau ("aquele que se aproveita das almas") era o deus da serpente que guardava a entrada do mundo subterrâneo. Se nos afastarmos mais, tanto em termos geográficos como culturais - por exemplo, até às ilhas Fiji, encontramos Ratu-mai-mbula, um deus-serpente que governa o mundo subterrâneo (e faz a energia vital fluir).

No Louvre, existe um vaso verde esteatite esculpido para o rei Gudea de Lagash (data aproximada entre 2200 a.C. e 2025 a.C.), dedicado na inscrição a Ningizzida, "senhor da árvore da verdade" que carrega um relevo das serpentes gêmeas em volta dos sacerdotes, exatamente como os caduceus de Hermes. Na mitologia Grega a serpente também aparece como símbolo da sabedoria, (símbolo da medicina) com Asclepio.

Na distante extremidade ocidental do mundo da antiquidade, no jardim de Hespérides, uma outra serpente guardiã da árvore, Ladon, protege a fruta dourada.

Entretanto sob uma outra árvore do Iluminação, está o Buda sentado em posição de meditação. Quando uma tempestade se levantou, o oderoso da serpente levantou-se acima da caverna subterrânea e envolveu o Buda em sete espirais por sete dias, para não interromper o estado de meditação.

A grande Deusa mãe minóica, Potnia Theron pode manusear uma serpente em uma das mãos, talvez evocando o papel como a fonte da sabedoria, melhor que o papel como a senhora dos animais (Potnia theron), com um leopardo sob cada braço. Não por acaso mais tarde o infante Héracles, um herói limítrofe entre o velho e o mundo novo de Olympia, também manuseara duas serpentes que "o ameaçaram" no berço. Os gregos clássicos não perceberam que a ameaça era meramente a ameaça da sabedoria. Mas o gesto é o mesmo que aquele da divindade de Creta. A haste que Moisés carrega é uma serpente. Quando a joga para a terra, ao comando de Yahweh, ela toma a forma de serpente. Se a identidade não puder ainda estar desobstruída o bastante, quando Moisés segura a serpente, esta se transforma em uma haste uma vez mais.

As serpentes são figuras proeminente em mitos gregos muito arcaicos: o mito-elemento de Laocoonte, a antiga Hidra de Lerna, que lutou com Hércules, a serpente do mais velho oráculo de Delfos, entre outras.

A imagem da serpente como a incorporação da sabedoria transmitida pela deusa Sophia é um emblema usado pelo gnosticismo, especialmente as seitas mais ortodoxas caracterizadas como Ofídeas, ("Homens Serpente"). A serpente ctónica é um dos animais associados com o culto de Mitras. O Basilisco, o famoso "rei das serpentes" com o bote da morte, foi atacado por uma serpente, Pliny e outros pensaram, do ovo ao adulto. Tais fantasias povaaram o pensamento medieval.

Na Mitologia nórdica, Jormungand, a serpente de Midgard, abraça o mundo no abismo do oceano. Na mitologia de Daomé, na África ocidental, a serpente que suporta tudo em suas muitas espirais é nomeada Dan. Vishnu é posta a dormir no yoga Nidra, flutuando nas águas cósmicas na serpente Shesha.

Por a serpente tirar sua pele e sair do esconderijo da casca morta brilhante e fresca, ela é um símbolo universal da renovação, e a regeneração que pode conduzir para imortalidade.

Na Epopeia de Gilgamesh (de origem suméria), Gilgamesh mergulha no fundo das águas para recuperar a planta da vida. Mas quando decide descansar do seu trabalho, aparece uma serpente que come a planta. A serpente torna-se imortal, e Gilgamesh fica destinado a morrer.

Na Mitologia Yoruba, Oshumare é do mesmo modo uma serpente mítica regenerada serpente da visão. É também um símbolo da ressureição na Mitologia Maya, abastecendo alguns contextos culturais além do Atlântico favorecidos na pseudoarqueologia Maya.Gukumatz, a serpente emplumada é mais familiar sob seu nome Azteca,Quetzalcoatl.

As Serpente do mar são criaturas gigantes cryptozoologia uma vez acreditou-se viverem na água, seriam monstros do mar tais como o Leviathan ou monstros do lago tais como o monstro do lago Ness. Se forem referidas como " serpentes do mar", foram entendidos para ser as atuais serpentes que vivem nas águas Indo-Pacíficas (família Hydrophiidae).

Serpente: Tanakh

A 'serpente falante' (nachash) no Jardim do Éden induziria conhecimento proibido, mas não é identificado com Satã no Livro do Génesis. Não há, contudo indicação no Génesis que a serpente era uma divindade em seu próprio direito, com exceção do fato que o Pentateuco não é de outra maneira abundante como animais falantes.

A informação dada pela Serpente poderia ser proibida , e foram as suas palavras as primeiras mentiras relatadas na bíblia. "...certamente não morrereis...".

"Agora a serpente era mais subtil do que qualquer animal do campo que o senhor Deus fêz, -Gênesis 3:1".

A serpente é a manifesta personificação da desobediência e da provocação a Deus. Por este motivo foi sempre associada a uma representação das forças do mal. O porquê da utilização desta personificação na Bíblia pode dar-se ao facto de que o processo narrativo que levou à criação deste mito tenha origem em factos transmitidos através de gerações até ao egípcio Moisés autor deste episódio de Genesis.

Mateus exortou seus ouvintes "fossem vocês conseqüentemente sábios como serpentes." (Mateus 10:16).

Embora tenha sido amaldiçoada por seu papel no Jardim, este não foi o fim da serpente, que continuou a ser venerada na religião popular de Judá e foi tolerada pela religião oficial até o tempo do rei Ezequias. Os editores do Livro dos Números - 700 A.C. forneceram aparentemente uma origem para um ídolo de bronze antigo da serpente que a justificasse associada a Moisés, com a seguinte narrativa:

" 21.6. E o Senhor enviou serpentes agressivas sobre as pessoas , e elas morderam as pessoas; e muitos israelitas morreram. 7. Então as pessoas vieram até Moisés , e disseram : Nós somos pecadores, por termos ido contra as leis do Senhor , e contra Ele , reze para o Senhor, peça para Ele levar as serpentes embora. E Moisés rezou para o povo. 8. E o Senhor disse a Moisés: Faça você uma serpente zangada, e coloque-a sobre um bastão;e deixe-a passar, pois todos que foram mordidos, quando ela olhar o bastão, viverão. 9.E Moisés fez uma serpente de metal,e colocou-a sobre um bastão, e deixou-a passar , e se a serpente tivesse mordido qualquer homem , quando ele olhasse a serpente de metal, ele viveria."

Quando o jovem e reformado rei Ezequias veio ao trono de Judá no oitavo século: "Ele removeu os mais altos palácios, e quebrou as imagens, e matou os seres rastejantes, e quebrou as serpentes de metal que Moisés havia feito; e naqueles dias as crianças de Israel acenderam incensos para ela; e ele chamou Nebushtan."( Reis 18.4)

O complemento "-an" ao final significa que o ídolo possui duas serpentes sobre um bastão, as familiares serpentes entrelaçadas dos discípulos que sobreviveram no caudeceu de Hermes e os serviçais de Asclepias. A idéia de um ídolo serpente era abominável aos editores do "Dicionário Bíblico Ocidental", 1897:conforme o verbete "Nehushtan".

Serpente: Novo Testamento

A conexão da serpente com o Diabo é muito reforçada no Novo Testamento. Em "Mateus 23:33", Jesus observa "Serpentes, gerações de víboras, como podemos escapar da dominação de Gehenna?" ("inferno" é normalmente a tradução para "Gehenna"). Contudo, a tradução mais correta para "Gehenna" não é inferno, e sim um local afastado onde se depositava o lixo produzido nas cidades. A serpente é usada como um símbolo voltado para o demônio, para o mal no Catolicismo e no Protestantismo, mas não em determinadas vertentes cristãs.

Serpente: símbolo

Embora seja usada como símbolo de regeneração e Imortalidade, a serpente, quando formando um anel com a cauda em sua boca, é também um claro símbolo da unidade em tudo e todos, a totalidade da existência. Veja: Anfisbena e Ouroboros.

Serpentes envolviam os seguidores de Hermes(o caduceu, "ilustração à esquerda")e de Asclepius, onde uma única serpente envolvia o cedro. No caduceu de Hermes, as serpentes não eram simetricamente gêmeas, elas pareciam adversárias. As asas sobre o cedro são identificadas como asas mensageiras; Hermes o Mercúrio para os romanos, que era o mestre da diplomacia e retórica, de invenções e descobertas, protetor dos comerciantes e dos aliados e na visão dos mitologistas, dos ladrões.

Na Antiguidade clássica, com avanço no estudo da alquimia, Mercúrio foi reconhecido como o protetor destas artes e outras informações 'ocultas' em geral, " Herméticas".

Assim a Química e a medicina associaram o bastão de Hermes com os discípulos do curador Asclepius, que era envolvido por uma serpente; o bastâo de Mercúrio e o moderno símbolo médico, que podia simplesmente ser o bastão de Asclepius, tornou-se um bastão do comércio. o historiador de arte J. Friedlander, em O Bastão dourado da Medicina: A História do Símbolo caudeceu na Medicina(1992) coletou centenas de exemplares de caudeceus e bastões de Asclepius e descobriu que as associações profissionais eram mais relacionadas aos bastões de Asclepius , enquanto as organizaçõs comerciais na área médica eram mais relacionadas ao caudeceu.

Uma similar conversão de bastão para serpente foi experimentada por Moisés e mais tarde seu irmão Aarão: E 0 Senhor lhe disse, O que você tem em suas mãos? E este respondeu, um bastão. E foi lhe dito para por o bastão no chão. O bastão estava no chão, e transformou-se em serpente; e Moisés cobriu-o antes. E o Senhor disse a Moisés, Ponha a mão sobre ela e pegue-a pela cauda. E ele pos a mão sobre ela e a pegou pela cauda, e ela transformou-se em um bastão em sua mão.( Êxodo 4:2-4)

Fonte: Wikipedia

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